
Falar sobre convivência é tão importante quanto aprender disciplinas curriculares. No Colégio Senemby, em Caieiras (SP), o combate ao bullying é tratado como ponto forte na formação dos estudantes. Dentro de um projeto institucional amplo, que envolve prevenção, diálogo e acompanhamento contínuo, a escola realiza ao longo do ano uma série de atividades que convidam ao respeito às diferenças.
O projeto está presente em todos os segmentos — da Educação Infantil ao Ensino Médio — e tem um protocolo de ações que orientam professores, alunos e famílias. Além das ações permanentes, o colégio promove duas grandes mobilizações anuais: uma em abril, durante o Dia Nacional de Combate ao Bullying, e outra em outubro, no Dia Mundial de Prevenção ao Bullying. Nessas ocasiões, o tema ganha destaque em toda a comunidade escolar, reforçando o compromisso coletivo de construir um espaço seguro e acolhedor.
Aprender a conviver é parte do ensino
O trabalho de prevenção no colégio acontece em diferentes formatos. Durante a semana de outubro dedicada ao tema, os professores desenvolvem atividades de reflexão com suas turmas, abordando desde situações cotidianas de convivência até discussões mais amplas sobre respeito e responsabilidade. Com os menores, as ações giram em torno da amizade, gentileza e empatia por meio da contação de histórias, brincadeiras e conversas que despertam nas crianças a importância de cuidar umas das outras.
Com os maiores, o foco é entender o que caracteriza o bullying, como identificar comportamentos e de que forma agir diante deles. No Ensino Fundamental, os alunos produzem cartazes, campanhas e textos reflexivos sobre convivência. Muitas vezes, criam painéis coletivos com frases e ilustrações sobre amizade e respeito. Essas atividades estimulam a expressão emocional e fortalecem o senso de pertencimento. Já no Ensino Médio, o debate assume contornos mais críticos. As turmas discutem conceitos, consequências e possíveis soluções para casos de bullying.
A cada ano, o Senemby propõe uma nova abordagem sobre o tema. Essa variedade de formatos mantém o assunto vivo e interessante para os alunos.
Ferramentas de transformação
Em outubro, um dos destaques do calendário foi o Senemby Talks especial “Histórias que abraçam: combatendo o bullying com leitura e afeto”, encontro que reuniu estudantes do Ensino Fundamental e Médio em torno de um mesmo propósito: refletir sobre o poder das palavras e o impacto das atitudes. A atividade contou com a participação do escritor, professor e contador de histórias Filipi Macedo, que conduziu uma conversa leve, divertida e inspiradora.
Ao ouvir o convidado, compreenderam que combater o bullying começa com pequenos gestos como ouvir o outro, acolher as diferenças e se colocar no lugar do próximo. A leitura, nesse contexto, torna-se uma ferramenta poderosa de transformação social.
Essas ações reforçam um ponto central do projeto: a prevenção é mais eficaz quando parte da escuta e da participação dos próprios alunos.
Um compromisso que vai além das salas de aula
O Projeto Antibullying do Colégio Senemby é parte de uma política institucional mais ampla, que inclui atividades de orientação e acompanhamento. Sempre que alguma situação de conflito ou desrespeito é identificada, a escola realiza um trabalho cuidadoso com os envolvidos não apenas para corrigir comportamentos, mas para promover reflexão e reconstrução de vínculos.
Esse acompanhamento faz parte da rotina pedagógica e é conduzido com sensibilidade e diálogo, reafirmando um papel educativo acadêmico e na formação humana.

